"ALGUNS PEDAÇOS DE MIM"

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que é dialética?



Um exemplo ilustra a realidade:

Os agricultores de uma fazenda coletiva de um país socialista foram até o prefeito e lhe perguntaram: "Companheiro prefeito, diga-nos o que é dialética?*" O prefeito respondeu: "Prezados companheiros, não é fácil explicar isso a vocês. Mas vou contar-lhes um exemplo. Imaginem que dois companheiros venham falar comigo. Um está limpo, o outro está sujo. Eu ofereço um banho aos dois. Qual dos dois aceitará a oferta?" "O sujo", responderam os agricultores. "Não, o limpo", respondeu o prefeito, "pois o limpo está acostumado a tomar banho; o sujo não valoriza a higiene. Quem, portanto, aceitará o banho?" "O limpo", responderam os agricultores. "Não, o sujo, pois ele precisa de um banho", disse o prefeito, "portanto, qual dos dois aceitará a oferta de tomar banho?" "O sujo", gritaram os agricultores". "Não, os dois", retrucou o prefeito, "pois o limpo está acostumado a banhar-se e o sujo está precisando de um banho. Portanto, quem vai tomar banho?" "Ambos", responderam os agricultores, desconcertados. "Não, nenhum dos dois", disse o prefeito, "pois o sujo não está acostumado a tomar banho e o limpo não precisa de banho". "Mas, companheiro prefeito", reclamaram os agricultores, "como podemos entender isso?" Cada vez você responde aquilo que combina com o que você quer ouvir de nós". "Vocês estão vendo? Isso é dialética", respondeu o prefeito, sorrindo.
Seria engraçado se não fosse tão sério. Pois muitas vezes nós todos somos dialéticos. Estamos conscientes de que fizemos algo errado, pois uma voz em nosso interior nos diz isso de maneira clara e inequívoca. Mas imediatamente outra voz se faz ouvir, a voz da dialética, o advogado do mal. Sabemos o que ele mais gosta de nos dizer: "Não importa. Não leve as coisas tão a sério. Todo mundo faz isso. Ninguém viu nada. Não consegui agir de outra maneira. Foi só uma vez". É dessa maneira ou com argumentos semelhantes que essa voz se faz ouvir. Ela tenta minimizar aquilo que realmente aconteceu, tenta torcer a verdade e mostrar que o erro não foi tão grande assim. Essa voz satânica contradiz a voz da consciência que tenta se manifestar.

Alguém disse que a consciência é "um sistema de alarme com mau contato". Por isso, a consciência precisa ser treinada. Ela precisa ser ensinada, precisa aprender a orientar-se pelas Escrituras, precisa ser dirigida pelo Espírito Santo. Nossa consciência deve ter por base o padrão de Jesus Cristo. Se ela não O tiver como parâmetro, será constantemente influenciada pelo mal, relativizando tudo, seguindo o lema: "Mas não foi tão grave assim. Quem leva as coisas tão a sério?"

Aprendendo a mudar!!



A sociedade nos padroniza, abaixa nossas expectativas, nos mediocriza, nos induz a contentar-nos com pouco, com a exterioridade, com as aparências, com a superficialidade das coisas. Na sociedade é mais importante parecer do que ser, fingir do que mostrar-se verdadeiramente.
A sociedade privilegia certos modelos de realização, de sucesso e os identifica com "glamour", poder, aparição freqüente na mídia, riqueza, status. Os modelos sociais nos mostram aspirações bem setorizadas, com objetivos bem definidos: busca da estabilidade financeira, de uma relação estável, de constituir e manter uma família, de desenvolver uma atividade econômica regular...
E não nos mostram muitas pessoas que vão além desses modelos, que acreditam em mudanças mais profundas, que expressam paz, realização e evolução constantes. Essas pessoas , não procuram aparecer, não fazem barulho nem desejam o poder.
A sociedade nos mostra a acomodação nas expectativas de realização das pessoas e isso interfere profundamente nas nossas próprias expectativas.
Por que aspirar a mais? Por que não contentar-se com a "normalidade"? - nos dizem direta e indiretamente. Faltam-nos ver, conhecer pessoas realizadas como um todo e que vivenciam mudanças na sua forma de ver, de sentir e de comunicar-se.
Mudamos pouco, porque acreditamos que não podemos ir muito além de onde chegamos até agora, porque tudo nos puxa para "a média", para a "normalidade", para a imitação dos que vivem perto de nós.
Tudo conspira contra a mudança e favorece a acomodação. Mudar mais profundamente significa ir contra a corrente, ter que justificar o por que nos esforçamos mais, por que escolhemos caminhos diferentes.
Todos temos muitas possibilidades que deixamos de lado. Acreditamos que não vale a pena ir além, que a "vida é assim mesmo", que o normal é isso, que já sabemos o suficiente para continuar agindo.
 
É importante aprender a quebrar as rotinas, os padrões, para buscar novas dimensões, desafios, percepções. É possível e vale a pena ir além de onde estamos, acreditar e estar abertos para tudo o que nos rodeia, de antenas ligas para com tudo o que pode ajudar-nos a crescer. Sempre podemos mudar, sempre vale a pena tentá-lo. Quantos mais passos dermos na direção da mudança, novos caminhos se abrirão e isso nos recolocará sempre novas questões e desafios, nos levará a novas pessoas, atividades, atitudes.
 
Somente depois de algum tempo - às vezes anos - ao olharmos para trás conseguimos perceber o quanto mudamos, como em muitos pontos já vamos sendo diferentes e que, mesmo ainda experimentando muitas dificuldades, já não vale a pena voltar atrás, já somos diferentes para sempre.
 
A realização profunda se dá na aceitação e na mudança. Em acreditar que sempre podemos ir além de onde estamos, de que podemos progredir, encontrar nosso eixo, a paz interior; de que somos chamados a voar e não a rastejar, a ir sempre além e não a desistir de viver...

sábado, 27 de novembro de 2010

De onde vem a consciência?

Um índio descreveu figuradamente a consciência como sendo um triângulo em nosso interior: "Se cometo alguma injustiça, o triângulo gira, e isso dói".


Um homem havia cometido uma fraude e sua consciência não o deixava em paz. Para sentir-se aliviado, escreveu à empresa prejudicada: "Anexo uma parte do valor que estou devendo. Se ainda não conseguir dormir direito hoje à noite, vou enviar mais uma parcela".
A consciência não é um órgão físico que se pode ver, operar ou transplantar, mas mesmo assim ela existe e está presente na vida de cada um de nós.

De onde vem a consciência? Qual é sua finalidade? Quem a colocou em nós? De onde vem essa "voz interior"? Existem as mais diferentes explicações e justificativas para a existência da consciência dentro de nós. Segue uma seleção de opiniões sobre essa "voz" misteriosa:
– A consciência é uma instância, um poder implantado em nós que avalia moralmente os nossos atos, nossos pensamentos, nossos planos e opiniões (Bíblia de Estudos de Genebra).
– A consciência é aquela voz interior que impele a pessoa a fazer o que ela considera correto (Charles Ryrie).
– A consciência, segundo desígnio divino, deve ser o nervo central de nosso ser que reage ao valor moral intrínseco de nossos atos (Oswald Sanders).


– Um índio descreveu figuradamente a consciência como sendo um  triângulo em seu interior: "Quando cometo alguma injustiça, o triângulo se move, e isso dói".

Gostaria de definir a consciência como o "acusador" divino, pois ela nos acusa quando fazemos algo errado. Conforme a Bíblia, o Diabo é nosso acusador diante de Deus, mas Satanás não é onipresente, nem onisciente. Estou falando, porém, de outro "acusador", que é a consciência, sempre presente em nós. A Bíblia menciona a consciência em diversas passagens, por exemplo: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos..." (Jo 8.9). E: "estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" (Rm 2.15). Através da consciência a Lei de Deus está inscrita em nossos corações.

A finalidade da consciência

Ela expõe nossa culpa diante de Deus e nos leva ao arrependimento e ao perdão. Gostaria de fazer-lhe algumas perguntas muito francas. Nos últimos dias você assistiu ou leu coisas que deveria ter deixado de lado? Será que você esteve em lugares onde teria sido melhor não ter ido? Você teve comunhão com pessoas que deveria ter evitado? Você enganou alguém? Você ainda não fez alguma coisa que já deveria ter feito há muito tempo? Você andou mentindo de maneira consciente, por medo de perder alguma coisa ou com receio das conseqüências? Você não pagou uma dívida que está pendente há muito tempo? Você falou ou pensou alguma coisa acerca de alguém que teria sido melhor não falar ou pensar? Será que você preferiu fazer outras coisas ao invés de ir ao culto ou à reunião de oração? Sua consciência pesou?
Você sentiu-se desconfortável ao tentar responder alguma dessas perguntas? Então continue lendo. Esta mensagem é para você!

A consciência acusa: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava" (Jo 8.9). 

Todas as pessoas que acusavam a mulher adúltera perceberam que também eram culpadas pois suas consciências pesaram. A consciência sempre faz duas coisas: ela aproxima você de Jesus ou leva você para longe dEle. Ela conduz você para mais perto do Senhor ou obriga você a evitar Sua proximidade. Uma consciência pesada foi o que levou muitas pessoas a deixarem de ler a Bíblia, a evitar a comunhão com os irmãos, a se auto-justificar e a acusar os outros. Mas quem cede à sua consciência acusadora e se refugia junto a Jesus receberá o perdão!
A consciência persegue e pesa. Alguém foi solicitado a desenhá-la. A pessoa desenhou um cavalo galopando, perseguido por vespas e abelhas. Embaixo, escreveu: "Frustra curris", que significa "Você corre em vão". Não conseguimos fugir da nossa consciência.

Há tempos um jornal alemão trouxe uma história pitoresca. Um soldado americano remeteu um jogo de xadrez acompanhado de uma carta ao prefeito de uma cidade da região do Reno. Na carta ele dizia que havia encontrado um jogo de xadrez em uma casa quando os Aliados ocuparam a Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial. Ele e seus companheiros costumavam usar o tabuleiro, e quando foram transferidos levaram o jogo. Quando o soldado cruzou o oceano e voltou para os Estados Unidos, levou o jogo consigo. Depois de 15 anos, ele estava sentindo uma inquietação interior, pois havia roubado o jogo e desejava devolvê-lo. "É apenas um jogo de xadrez, mas minha consciência não me deixa em paz", escreveu ele ao devolver o que tomara indevidamente.
Um médico conta a história de um funcionário de um banco que o procurou em seu consultório apresentando sintomas de epilepsia. O paciente contou que se sentia inseguro, que suas pernas tremiam, que ele sempre tropeçava e que sentia muito medo de cair na rua. Os exames mostraram que ele era fisicamente saudável, mas o médico percebeu sintomas de agitação interior. Então disse francamente ao bancário que ele havia tirado dinheiro do caixa do banco. Apavorado, o funcionário concordou com a acusação. Mas disse que já havia reposto todo o dinheiro, porém continuava com muito medo de ver seu erro descoberto. Depois de um aconselhamento espiritual, onde ele confessou sua culpa e declarou-se disposto a assumir as conseqüências de seu ato, sentiu-se imediatamente aliviado e liberto de sua "epilepsia".
"Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio" (Sl 32.3-4). Burns, um estudioso da Bíblia, escreve sobre esses versículos: "O salmista fala de maneira muito franca de sua grande luta interior. Ele estava consciente de haver cometido diversos pecados graves, e sabia que somente uma confissão plena diante de Deus poderia libertá-lo de seu fardo. Mas ele não queria (ou não podia) confessar sua culpa. Gemia de remorso e não conseguia dormir. Acabou ficando doente, mas continuava lutando contra sua própria consciência que o acusava. Ele também relata a razão de todo esse mal-estar físico: a mão de Deus – a ira divina – não o deixava ter paz, fazendo-o padecer as torturas de uma consciência pesada. Milhares de pessoas já passaram e passam por essa experiência. A solução é tão simples: "Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado" (Sl 32.5).

Como lidar com a consciência?
Deus colocou a consciência em nós fazendo-a funcionar como acusador e como canal através do qual Ele fala conosco. Mas a consciência pode ser manipulada e, em casos extremos, usada pelo próprio Diabo. Por isso é vitalmente importante sabermos a quem nossa consciência está sujeita e a quem ela é submissa. Dietrich Bonhoeffer disse: "Nossa consciência deve ser dominada unicamente por Jesus Cristo".
Existe a possibilidade de nossa consciência tornar-se insensível com o passar do tempo: "os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza" (Ef 4.19). Quem persevera no pecado apesar de ouvir o clamor da própria consciência, quem se entrega ao pecado de maneira consciente e deliberada, com o tempo acabará tornando-se insensível. O índio canadense descreveu a consciência como sendo um triângulo em nosso interior que gira dolorosamente a cada vez que praticamos alguma injustiça. Mas ele acrescentou: "Se eu continuo a fazer o mal, o triângulo continua a girar até que suas arestas se gastam, e aí eu não sinto mais nada". Uma pessoa assim foi Pol Pot, o sanguinário ditador do Camboja, responsável pela morte de mais de dois milhões de pessoas em menos de três anos. Isso representa um terço da população do país. Na época bastava alguém usar óculos ou exercer uma profissão acadêmica para ser assassinado da maneira mais cruel. As pessoas foram aterrorizadas com deportações, internadas em campos de trabalhos forçados, sofreram lavagem cerebral e foram privadas de alimentação. Mas apesar de ter praticado todas essas crueldades, em uma entrevista de 1997 Pol Pot declarou que tinha "uma consciência limpa". Algum dia todas as pessoas estarão diante do Deus vivo e serão julgadas por Ele. O gravador interior de nossa alma, que tudo registra com minuciosa precisão, tocará a fita. Então todos os nossos atos, todos os pecados que cometemos, nossas omissões, todos os pensamentos e propósitos, nossa motivação e nossos desejos, tudo virá à luz.

Também é possível alguém ter uma consciência débil, sensível, deixando a pessoa confusa: "Acolhei ao que é débil na fé..." (Rm 14.1). "...e a consciência destes, por ser fraca..." (1 Co 8.7). Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos maridos estão sendo cremados. 

Uma consciência, porém, que vive segundo o padrão de Jesus se comportará como a mulher que está ao volante do seu carro e, quando seu marido pede que ela ande mais depressa, responde que não vai exceder o limite de velocidade. Ou o trabalhador, que ouve seus colegas contando que de vez em quando "pegam emprestadas" as ferramentas do patrão mas se esquecem de devolvê-las e decide: "Não vou roubar da firma". Devemos treinar nossa consciência, exercitá-la para que não seja enganada ou seduzida: "...com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo" (1 Pe 3.16). 

Os apóstolos se empenhavam em manter uma boa consciência: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco" (2 Co 1.12). Paulo exercitava e treinava sua consciência para que ela fosse pura diante de Deus e dos homens: "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (At 24.16). Assim como um relógio deve ser acertado de tempos em tempos, nossa consciência precisa ajustar-se à Bíblia, para que possamos declarar: "testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência" (Rm 9.1).

"Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura" (Hb 10.22).

 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SOMOS O QUE ESCOLHEMOS SER!!



O mundo é repleto de diversidade de coisas, pensamentos, pessoas... E as pessoas são diferentes umas das outras, cada ser humano é um ser único. No entanto, quando assistimos aos noticiários, lemos jornais, revistas e ficamos sabendo de acontecimentos ruins, generalizamos. Mas, não podemos esquecer que no mundo tem muito mais pessoas boas e inocentes do que pessoas ruins, e mesmo assim às vezes ouvimos:
“Mas todo mundo rouba!”.
“Mas todo mundo engana!”.
“Mas todo mundo age assim...”.

Isto é uma maneira de tentar convencer o outro a fazer algo contra as regras, em cima de pressão.
Portanto, temos que fazer o que o nosso coração pede e agir de forma coerente, de acordo com nossos princípios morais e éticos. Como o sábio que, ao passar por um rio, viu um escorpião que estava se afogando e decidiu tirá-lo da água para salvar sua vida, mas quando o fez o escorpião tentou picá-lo.
Pela reação, o sábio soltou o animal, que caiu na água e ia morrer ali. Os escorpiões são animais terrestres e, apesar de conseguirem ficar alguns minutos submersos, eles podem morrer afogados.
O sábio tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal tentou picá-lo.
SOMOS O QUE ESCOLHEMOS SER!!

Um de seus discípulos, que o estava observando, aproximou-se e disse:
– Desculpe-me mestre, mas o senhor não entende que todas as vezes em que tentar tirar esse escorpião da água, mesmo que seja para salvá-lo, ele tentará picá-lo?
O sábio respondeu:
– A natureza do escorpião é de picar, e isto não vai mudar a minha, que é de ajudar a salvá-lo. Depois de várias tentativas, com a ajuda de uma folha de árvore, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.
Só você é que pode decidir ser quem você é, o que deve ou não fazer... As grandes personalidades da história descobriram isso, Aristóteles disse: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência não é um jeito, é um hábito”. E Madre Teresa de Calcutá: “Lutarei bravamente, todos os dias da minha vida, para ser a pessoa que decidi ser”.

Se você tem índole boa e o outro não tem, faça o que você acha correto, em vez de agir impelido pelo pensamento do outro. Para onde sua atenção estiver concentrada fluirá sua energia e o seu caminho seguirá. Você atrai aquilo que está dentro de você, em seu coração. Você já ouviu falar que semelhantes atraem semelhantes? Que colhemos o que plantamos? A vida é um eco. Se você gosta do que está recebendo, é o retorno do que está emitindo.

A nossa vida é feita de opções. Não é possível não as fazer. E cada opção, nossa ou de outrem, encaminham-nos para outras, e assim sucessivamente.
Uma nova opção é sempre fruto de uma outra anterior. E a maior parte das vezes nem temos consciência disso.
Cada dia que passa estamos um pouco diferentes, mais enriquecidos, com novas aprendizagens. Cada experiência vivida, tanto positiva como negativa, fazem de nós, da nossa forma de pensar, de agir, de sentir, uma pessoa diferente a cada instante.
Os valores essenciais esses continuam… se estiverem interiorizados, através de uma boa análise crítica e reflexiva, capaz de transformar comportamentos.
Somos o que escolhemos…. mas por vezes não pensamos antes naquilo que nos poderá transformar. Por isso, às vezes não escolhemos ser…. mas somos…

"It’s not our habilities, but our choices, who makes us who we are"

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma borboleta voando pode mudar sua vida?


Ontem minha irmã indo para faculdade, por pouco não sofreu um grave acidente, daí depois de um grande susto, você começa pensar em varias coisas, começa a dar mais valor cada coisinha da vida... E depois de tudo, escrevi esse texto que, de certa forma, vai nos fazer pensar um pouco mais, sobre a nossa vida e a nós mesmos.  

Te amoooo Mana!! Sem você eu não existo!!

Todos os grandes matemáticos, usando a Teoria do Caos, dizem que uma borboleta batendo as asas do outro lado do mundo pode provocar um tufão na Indonésia. É que todas as coisas no universo estão de certa forma ligadas, e o bater de asas de uma borboleta pode provocar uma reação em cadeia que termina gerando um tufão.
Se isso pode acontecer, então porque você pode mudar sua vida? Já parou para pensar nisso? São tantas variáveis acontecendo na vida que a maioria das pessoas simplesmente desiste de tentar escolher seu destino.

Chuck Yeager foi o primeiro humano a quebrar a barreira do som, voando no seu Bell Aviation X-1. Na época muitas pessoas diziam que a ‘barreira’ era impenetrável, e que ele e seu avião desintegrariam assim que atingisse a velocidade Mach 1 (a velocidade do som).
É claro que a barreira não era impenetrável coisa nenhuma. Era apenas um mito. Anos mais tarde, na sua biografia, Yeager escreveu que "a verdadeira barreira não estava no céu, mas na nossa cabeça – no conhecimento e experiência dos vôos supersônicos".
 
Da mesma forma, vemos todos os dias pessoas voando baixo, vagarosamente, porque acham que existe alguma ‘barreira’ para uma performance melhor. Uma barreira que os impede de crescer. E geralmente colocam a culpa em fatores externos.
Mas a sua vida não precisa ser assim. Você não precisa viver de susto em susto, de crise em crise, sempre apagando incêndios, sempre perguntado o que virá pela frente, sempre voando baixo. Como assumir o controle?
Já faz algum tempo que sabemos que o futuro será diferente do passado. Mas insistimos em nos recusar a acreditar que nossa vida será diferente do que esperamos que ela seja. A maioria de nós ainda acredita que o futuro será uma continuação do presente, como uma estrada reta que se perde no horizonte.
Li uma vez que é uma percepção linear, previsível, de que A leva a B que leva a C. Só que a prática mostra que o futuro não é uma continuidade do presente, mas sim uma série de descontinuidades.
E o pior é que nossa educação, ao invés de ajudar a quebrar essas ‘barreiras’, na verdade acaba reforçando-as. As escolas foram desenhadas com a certeza de que todos os problemas do mundo já foram resolvidos, e que o professor conhece todas as respostas.
Então a função do professor passa a ser apresentar os problemas aos alunos, e depois as respostas. Nos ensinam as perguntas e as respostas, mas não a pensar. Por isso a dificuldade quando as perguntas mudam.
Para agarrar o futuro você precisa largar o passado. A única forma de impedir que sua vida seja uma sucessão de descontinuidades é tendo uma estratégia de vida. Se não você é jogado de um lado para outro, de acordo com o vento ou a maré. Ou uma borboleta batendo as asas. E não consegue nunca ir de A para B ou C.
Não precisamos que nos ensinem apenas como fazer alguma coisa, mas sim a imaginar o que é possível.
É como quando o primeiro avião conseguiu voar. A partir desse momento, mudou completamente o contexto do desenvolvimento da aviação. Cada avião que caía provava aos cínicos, de forma evidente, que era impossível fazer um avião voar.
Mas quando ele finalmente voou, tudo mudou. As mesmas informações começaram a ser interpretadas de um modo diferente. As quedas passaram a ser vistas como evidências dos erros, de como as coisas não deveriam ser feitas. As pessoas simplesmente começaram a pensar de forma diferente.
A mesma coisa aconteceu com Chuck Yeager e a velocidade do som. As barreiras estavam apenas na cabeça – no conhecimento e na experiência. Bastou alguém dedicar-se a derrubar essas barreiras através de uma boa estratégia para provar que estavam erradas.
Se você quer quebrar suas próprias barreiras e voar alto, precisa de uma estratégia. Estratégia de vida começa com uma proposição diferente de valor, de missão pessoal. É uma forma de definir um território onde você é de alguma forma único.
Estratégia é fazer escolhas. Principalmente, escolher o que fazer diferente, e também o que não fazer. Por isso mesmo você é obrigado a escolher, já que não dá para ser ou fazer tudo.
Esse é outro ponto que deve ficar muito claro: para ter uma boa estratégia você tem que aprender a dizer não. Todos os dias aparecem nas nossas vidas novas propostas de negócios, muitas altamente tentadoras.
Uma pessoa sem estratégia vai acabar distraindo-se ao perseguir negócios que parecem lucrativos, mas que na verdade não tem nada a ver com a estratégia a longo prazo, nem com sua missão de vida. Acabam sugando recursos, tempo e energia, desviando-se da sua missão, confundindo ainda mais sua vida.
As melhores estratégias sempre levam a um objetivo maior. Se não tiver um objetivo bem claro em mente, começará a tomar decisões que inevitavelmente diminuirão sua eficiência.
A essência da estratégia é estabelecer limites. A pessoa sem estratégia está disposta a tentar qualquer coisa. Principalmente, copiar os outros.
Você tem que fazer menos coisas, mas fazê-las muito melhor. Você tem que encontrar e desenvolver vantagens, e não apenas eliminar desvantagens. Criar diferenças, e não apenas copiar: esse é o segredo.
Para terminar, a grande dúvida: vale a pena ter uma estratégia num mundo que muda constantemente? Ela não será uma camisa de força, uma corrente que produz rigidez e inflexibilidade?
Algumas pessoas podem pensar: "As coisas estão mudando rapidamente, então preciso mudar rapidamente também. Logo não posso ter uma estratégia, porque ela me tornaria mais lento".
Acontece que grandes conquistas só são alcançadas por pessoas com objetivos claros e estratégias definidas. Pessoas que não apenas imaginaram voar alto ou quebrar barreiras, mas também bolaram planos para chegar lá.
Por isso Michael Porter defende justamente a idéia contrária: uma boa estratégia na verdade acelera o processo, porque permite que você tome decisões de acordo com seus objetivos.
Peguemos um exemplo como a tecnologia: não adianta comprar todas as bugigangas e novidades tecnológicas que aparecem se isso não tem um objetivo muito claro.
Você não vai aumentar sua produtividade simplesmente porque tem mais aparelhos disponíveis. Você tem que saber para onde quer ir e, com base nisso, tomar as decisões.
Resumindo: ter uma estratégia é ser diferente. Você não é apenas mais uma pessoa – você está ali para trazer algo novo para o mundo, para mudar o mundo, para mudar para melhor a vida das outras pessoas.
Uma vez que você tenha sua estratégia claramente definida, todas as perguntas serão fáceis de responder: ou ajudam você a alcançar seus objetivos, ou não. E finalmente você terá controle da sua vida.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Critério De Burrice!!


O que definitivamente é uma burrice? O que seria uma atitude não pensada? Os sábios dizem que errar é humano e persistir no erro é burrice. Mas, o que é o erro? O meu, o seu ou o nosso? Qual dos 3 lados dessa história realmente é um erro? Eu não sei, e talvez nem queira saber, talvez nem você... Fato é que os erros subsequentes de um mesmo assunto podem afastar o que ou quem você mais quer, e não! Isso pode não ser apenas mais uma crise de carência ou má fase enfim. Isso pode ser o que você mais quer, almeja e venera nos últimos tempos, escapando exatamente por entre os dedos que até hoje você imaginava prender. A liberdade tem limite, a prisão também, a essas alturas dos fatos algumas pessoas se encaixam tão bem ao quadro descrito que podem estar pensando ser alvo de indiretas, se você achou isso, até mesmo sem conhecer quem dita as mal traçadas linhas, cuidado! Você pode ser o dito cujo critério de burrice, sentir e não falar, ou falar demais, falar de menos. Tudo tem sua hora, seu lugar, tudo tem início, meio e fim. Mesmo que o fim não seja um fim de fato, e quando não é, se a burrice não predomina torna-se fácil uma reconstrução. O fato é que 8 ou 80 nunca salvou ninguém da lama, guerra só trás guerra e nunca uma guerra trará a paz. A burrice mora dentro de você, mora dentro de mim, e cabe a cada um dos seres humanos da terra aprender a controlar os impulsos da mesma, que vorazmente tenta nos corromper a cada segundo, nos cegar a cada instante. Pare e pense, qual o lado da cabeça que você usa? O inteligente ou aquele que está totalmente desprovido dela e age com emoção e imaginação. Esteja ciente de que qualquer erro depois de muitos erros pode ser fatal, e o que é fatal não tem volta, o que é fatal fere, mata. As pessoas que tem um critério de burrice elevado inistem sempre em achar que estão certas, e é acertando todos os dias como elas pensam que perdem o amor, família, trabalho e dinheiro, vegetam, mas, para elas está ótimo, burro foram os pais, o chefe... Porque os burros... esses nunca erram!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Amanhecer...



Hoje “me dei um tempo” para pensar na vida. Na minha vida! Decidi então que a partir do próximo amanhecer, vou mudar alguns detalhes para ser a cada novo dia, um pouquinho mais feliz.
Para começar, não vou mais olhar para trás. O que passou é passado, se errei, agora não vou conseguir corrigir. Então, para que remoer o que passou? Refletir sobre aqueles erros sim e então fazer deles um aprendizado para o “meu hoje”.
Nem todas as pessoas que amo, retribuem meus carinhos como “eu” gostaria... E daí?
A partir do próximo amanhecer vou continuar a amá-las, mas não vou tentar mudá-las. Pode ser até que ficassem como eu gostaria que fossem, e deixassem de ser as pessoas que eu amo. Isso eu não quero. Mudo eu... Mudo meu modo de vê-las. Respeito seu modo de ser.
Mas não pense que vou desistir de meus sonhos! Imagine! A partir do próximo amanhecer, vou lutar com mais garra para que eles aconteçam. Mas vai ser diferente. Não vou mais responsabilizar a mais ninguém por minha felicidade. EU VOU SER FELIZ! Não vou mais parar a minha vida porque o que desejo não acontece, porque uma mensagem não chega, porque não ouço o que gostaria de ouvir. Vou fazer meu momento, vou ser feliz agora, terei outros dias pela frente!

Nunca mais darei muita importância aos problemas, que não tenho conseguido resolver. A partir do próximo amanhecer, vou agradecer a Deus, todos os dias por me dar forças para viver, apesar dos meus problemas. Chega de sofrer pelo que não consigo ter, pelo que não ouço ou não leio. Pelo tempo que não tenho e até de sofrer por antecipação, pensando sempre, apenas no pior. A partir do próximo amanhecer,só vou pensar no que tenho de bom. Meus amigos,nunca mais precisarão me dar um ombro para chorar. Vou aproveitar a presença deles para sorrir,cantar,para dividir felicidade. A partir do próximo amanhecer vou ser eu mesma. Nunca mais vou tentar ser um modelo de perfeição. Nunca mais vou sorrir sem vontade ou falar palavras amorosas por que acho que sei o que os outros querem ouvir. A partir do próximo amanhecer vou viver minha vida...SEM MEDO DE SER FELIZ.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ser aprendiz de girassol, não é fácil!



É justamente quando estamos frustrados e insatisfeitos, que precisamos lembrar que possuímos uma antena interna – a atenção – capaz de captar o lado bom da vida. Exatamente como na natureza, faz o girassol.

O girassol se volta para onde o sol estiver, mesmo que este esteja escondido atrás de uma nuvem. Ele está sempre em busca da luz, da vitalidade, da força, da beleza.
Saber captar o lado luminoso da vida significa aprendermos a valorizar tudo de bom que já recebemos e também a sermos gratos por isso…
Apreciar e agradecer o carinho, o afeto, os gestos de atenção e delicadeza oferecidos pelos amigos, filhos, pais, namorados. Apreciar o sorriso luminoso de alguém que você gosta. Apreciar um gesto de gentileza, uma palavra de estímulo do seu colega de trabalho, do seu vizinho…
Apreciar todo contato humano que lhe trouxe conforto, novo animo…Apreciar todo apoio que a vida lhe deu, de tantas formas misteriosas, quando precisou… Apreciar e agradecer porque a Vida é Amor, e sempre o protegeu, realizou seus desejos mais profundos, tomou conta de seus interesses e suas verdadeiras necessidades…

Ser aprendiz de girassol,não é fácil!

Infelizmente a maioria de nós, não foi preparada pra buscar o lado luz da vida, e vive se debatendo na obscura zona dos condicionamentos subconscientes e dos pensamentos destrutivos!
Daqui pra frente, quando perceber que está desanimado, revoltado ou deprimido, que possa se lembrar de ser girassol.
Selecione o melhor do seu mundo, valorize tudo o que de bonito e bom que existe nele!
Acredite no Poder da Luz para neutralizar qualquer situação adversa e transformar sua Vida em uma verdadeira obra-prima!
Assim, começará a reter Força, Vitalidade e Alegria dentro de você.

E como o girassol, estará de bem com a grande festa colorida que é a Vida!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MOMENTO DE DECIDIR!!


Há momentos que são inadiáveis em nossa vida, decisões que apenas uma pessoa pode tomar sem a interferência de ninguém. Começo a minha reflexão com o poema “José” de Carlos Drumond Andrade:

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e  tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Durante o curso de nossa vida caminhamos por longas jornadas que parecem não ter fim. Mas não devemos nos esmorecer nem desanimar, pois a maior lição e exemplo de superação, veio dos nossos antepassados. O homem pré-histórico levou milhões de anos para atravessar o Estreito de Bering chegando à América e ao Brasil. Eles enfrentaram vários obstáculos, percorreram longas distâncias e nunca desanimaram.
- E agora?
Como diz Carlos Drumond Andrade no poema “José”: a “festa acabou”, “a luz apagou”, “o povo sumiu” e “a noite esfriou”.  É na solidão da vida e nos momentos como esses é que temos que tomar uma atitude, uma decisão, e esta, pode ser a nossa única chance. Nesse instante não há “José”, não há ninguém que responda as nossas perguntas. Ai é a hora de nos lembrarmos da “festa”.
É por isso que não podemos mais adiar a decisão de ser feliz, mesmo sabendo que o mundo inteiro é contra nós, o que importa é decidir, mesmo tendo uma barreira a nossa frente. Como diz o poeta, mesmo tendo uma “pedra”.
No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho...
Não se deve ter medo de errar. Não há acerto sem erro e quem tem medo de se arriscar nunca irá ser feliz, mas sim, um eterno derrotado e um depósito de frustrações. Sempre em nosso caminho haverá uma “pedra”, mas muitas vezes perdemos tempo tentando removê-la. Ao invés de olharmos para o futuro ficamos olhando para a pedra. Ela está nos lugares onde menos esperamos e pode estar bem ao lado da gente a vida toda. Pode ser um “amigo”, um parente e pode ser a pessoa mais próxima de nós e por mais que se tente agradar e tocar a pessoa, não tem jeito, pois é uma “pedra”, é o desafio, é o problema, é a dificuldade, enfim, temos que passar por cima da pedra e se quisermos chegar do outro lado temos que passar por ela. A pedra está bem no meio da passagem, mas acima dela há uma fresta de luz, uma brecha do tamanho de uma pessoa adulta, é possível passar por ela, mas temos que escalar a pedra para chegar do outro.
Sair da caverna deve ser o alvo de quem deseja viver intensamente e ser feliz, deve ser o alvo de quem deseja vencer. Lá fora está a realidade e a vida que tanto almejamos. Podemos sentir o orvalho, o perfume das rosas e correr pelos campos. Mas não faremos isso se ficarmos olhando para o tamanho do nosso problema e olhando para a “pedra”. Conta o “Mito da Caverna” que numa caverna havia um grupo de homens. Durante todo tempo os cavernosos vivem de costa para o mundo e de frente para a parede, eles passavam a vida toda contemplando as sombras projetadas ao fundo da caverna. Os acorrentados discutiam entre eles. Diz a história, que um fogo ficava dia e noite aceso na entrada da caverna, e o clarão do fogo fazia com que ao passar um bicho por ali, sua sombra fosse projetada na parede. Sem saber do que se tratava eles começavam a debater, então chegava um líder entre os acorrentados e dizia o que era aquilo que teria sido projetado na parede, mesmo que estivesse errado, os cavernosos se davam por satisfeitos com aquela resposta e assim os dias foram se passando. Algo inesperado aconteceu, um dos cavernosos conseguiu se soltar das correntes e saiu correndo para fora da caverna. Ao sair da caverna, o ex-cavernoso ficou encantado com o que viu lá fora, porém, seus olhos demoravam a se acostumar com a luz do sol. Aos poucos suas pupilas foram delatando até que pode ver a luz. Aquilo foi o máximo para o cavernoso, ele nunca tinha visto uma borboleta a voar, nunca sentira o frescor do orvalho caindo em sua pele, nunca sentiu o cheiro de uma flor e jamais imaginou coisas tão bonitas. Nesse instante o cavernoso percebeu que tinha perdido muito tempo contemplando as sombras sem conhecer a verdadeira realidade e que tudo o que viveu em todos os anos de caverna não passou de uma mentira. O filósofo grego Platão, discípulo de Sócrates escreveu “O Mito da Caverna” em sua obra “A República” há 2500 anos e até hoje a história serve para refletirmos sobre as nossas escolhas. Quantas correntes nos prendem? São correntes ideológicas? São correntes invisíveis. As sombras são apenas uma ilusão, não condizem com a realidade. Para vencer, ser feliz e viver intensamente sem se importar com o que vão pensar os cavernosos que cercam a nossa vida é preciso romper com as correntes e duvidar daquilo que os “lideres dos cavernosos” nos dizem e afirmam ser a “verdade”. É preciso desconfiar até das “boas intenções” dos que querem nos manter prisioneiros, deles, e do sistema.
 Hoje, depois de tudo que passei, de todas as barreiras que enfrentei direi como o poeta:
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra. (Carlos Drumond Andrade)

O livro “Tudo Ou Nada” de Shinyasshik foi uma das obras preferidas que li passei a recomendá-la. O autor fala daquilo que eu tive que fazer: tomar decisões.  Em “Tudo Ou Nada” o autor fala de situações que só com o diálogo não conseguiríamos resolver, então, é hora de romper com aquilo que nos prende e de cortar os laços com aquilo que não nos deixa crescer e não nos faze bem. Porém, ao tomar uma decisão é preciso estar disposto a enfrentar as conseqüências do tudo ou nada, porque elas virão. Por vezes são decisões rápidas e que precisam ser tomadas. São momentos de rupturas, mas necessários. Nessa hora temos que saber transitar entre o ser flexível e ser frio. A flexibilidade vai até um dado momento em que determinada coisa não esteja nos prejudicando, mas a hora em que a coisa pega, ai temos que ser frio como um advogado frente a uma situação de divórcio ou um médico em caso de doenças graves.
Quando se trata da felicidade pessoal de cada um, então é preciso decidir. Quando se trata de viver um momento lindo, é preciso vivê-lo como nunca. Dançar aquela dança que nunca dançou, arriscar aqueles paços que nunca deu sem se importar com quem está olhando, dar aquele abraço  e aquele sorriso que nunca foi dado, fazer aquele passeio, andar livremente pelas calçadas e enxergar a importância dos outros colocando-as acima dos interesses pequenos e mesquinhos são coisas inadiáveis. Não dá para esperar o amanhã para ser feliz, temos que ser feliz hoje, nesse instante e a cada momento. Temos que aprender novos ritmos, experimentar novos sabores e saberes, aprender a gostar e a respeitar o gosto dos outros, sua música e sua cultura, suas danças e suas culinárias, aprender a conviver e a respeitar as diferenças e a conviver com os outros. Cada pessoa é especial do seu jeito e não existe ninguém melhor que outro alguém. Uma pessoa assim é capaz de dormir numa mansão luxuosa e numa tapera velha caindo aos pedaços. Podemos até dizer como Martin Luther King e Barak Obama: I Have drean. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos em sua campanha acreditou que podia ser presidente num país cheio de preconceito. Com essas frases ele chegou lá: “Sim, nós podemos”, “Yes We Can”, ele repetiu isso milhões de vezes em público. “Eu tenho um sonho”, dizia ele evocando o “I have drean” de Martin Luther King, maior líder negro dos Estados Unidos. Barak também repetiu trechos do discurso do primeiro metalúrgico e operário eleito como presidente do Brasil Luis Inácio Lula da Silva. Depois de vencer nas urnas mais disputadas do país Lula disse: “A esperança venceu o medo”! E quando ele pegou o diploma presidencial ele chorou e exprimiu aquilo que revela o maior sentimento de um batalhador que venceu: “Esse é o meu primeiro diploma”. Milhões de brasileiros nunca foram a escola, esse era o sentimento que muitos gostariam de expressar, mas o sistema é muito perverso e não dá essa chance a todos.
Como se pode ver não se deve adiar uma decisão. Então diga...

A esperança vencerá o medo!
Sim, nós podemos!
Eu tenho um sonho!

Reconstruindo os muros caídos em sua vida.


 
Neemias tinha solicitado ao rei Artaxerxes uma autorização para que os muro de Jerusalém fossem reconstruídos. A luta foi muito grande. Neemias sofreu muitas afrontas. Vários queriam fazê-lo desistir do seu alvo. Mas o Senhor o fez prosperar e a reconstrução foi refeita. Ao chegar no sétimo mês, todo povo de Israel, se ajuntou na Porta das Águas e ouviram por sete dias, Esdras lê o Livro da Lei. Aquelas palavras lidas por Esdras eram tão impactantes que o povo começou a imediatamente se prostrar diante do Senhor com o rosto em terra. (Neemias 8:8) E esse ato de adoração ao Senhor vinha seguido de muitas lágrimas, clamor e gemido diante do Pai. Eu descobri em alguns comentários Bíblicos que os textos lido por Esdras, possivelmente foram os de Levítico 26 e Deuteronômio 28. Se você for ler esses dois textos verá que eles são quase a repetição um do outro. Eles mostram as benção e maldições que cada um receberá se obedecer ou desobedecer ao Senhor: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios para que não fosseis seus escravos; e quebrei os timões do vosso julgo e vos fiz andar direitos (Lev. 26:13) O Senhor te confirmará para si por povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor, Teu Deus, e andares nos seus caminhos. (Deut. 28:9) Essas palavras foram dadas a Moisés no Monte Gerizim para o povo que Deus havia livrado da fúria de faraó. 
 
O povo chorava e se lamentava tanto que Neemias resolveu dar-lhes uma palavra de conforto: Este é dia consagrado ao Senhor, vosso Deus não choreis nem vos lamenteis. (Ne. 8:9) Calai-vos, porque este é dia santo; por isso não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força. (v.10) Neemias falava ao povo para que não se entristecessem com aquelas duraspalavras do Senhor, do próprio Deus para eles! Se eles continuassem tristes, ficariam fracos e não suportariam mais nada! Mas se eles se alegrassem no Senhor eles seriam fortes, e venceriam, pois a alegria do Senhor seria a força de cada um deles.
 
Já faz algum tempo que eu não tenho ouvido palavras tão agradáveis da parte do Senhor para com a minha vida. As vezes o Pai nos conserta de um modo duro! Ficamos a nos queixar, a nos defender, a acharmos que temos razão, que estamos certos, que não devia ser assim... ah... se fosse de tal jeito seria melhor! Se o Senhor falasse comigo de tal forma, com tal palavra, eu não ficaria assim... Eu já ouvir alguém dizer que se nós pregamos aquilo que não vivemos ou vivemos aquilo que não pregamos, somos mentirosos. E muito de nós declaramos: Abro mão dos meus sonhos.... ou então Eis-me aqui!! Eu me rendo, eu me rendo a Ti! Todos os meus sonhos são Teus! Declaramos: Somos apaixonados por Ti!! Te amamos! Faremos aquilo que Tu quiseres!!! Quem sou eu sem o Senhor!! Faz-me morrer para mim mesmo!!! Enche-me de Ti!!! Falamos, falamos, mas na hora H, começamos a nos entristecer e a querer as coisas segundo o desejo do nosso coração e não do coração do Pai. E se a nossa vida não é nossa, se a nossa vida pertence a Ele como declaramos, Ele tem direito de fazer o desejar de nós e de falar aquilo que Ele quiser conosco.
 
O salmista Asafe vai fazer uma linda pergunta a ele mesmo. Depois de um longo período questionando uma série de coisas, ele faz a seguinte declaração em forma de pergunta: A quem tenho eu no céu além de Ti? Na terra não quem eu deseje além de Ti! Para mi bom é aproximar-me de Deus. (Salmo 73: 25, 28a) Existe declaração de confiança e de certeza maior que essa?
 
Podemos passar por situações difíceis. Afrontas de irmão, ou duras palavras do Senhor. Quem era Davi? Rei de Israel, homem segundo o coração de Deus! E o Senhor usou o profeta Natã para dar-lhe um recado duríssimo quando este pecou com Bateseba. Moisés não foi deixado entrar na terra prometida porque ele feriu a rocha, num ato de raiva, desobedecendo a ordem do Senhor. Jonas, por não ouvir a voz de Deus foi engolido por um grande peixe! Deus é assim: Ele estabelece reinos, levanta príncipes, destrona governantes, destrói exércitos... Faz o que quiser, na hora que quiser! Ele é soberano!! E nós? Quem somos nós? (Salmo 8:4). Não somos nada! Não temos nada para oferecer o Senhor!! Começo a entender porque o povo na Porta das Águas chorava continuamente ao ouvir as palavras do Senhor. Elas eram duras sim!! Mas retratavam eles mesmos! Retratavam sua condição pecaminosa, sua falta de amor a Deus, sua ingratidão pelos livramentos que Ele lhes tinha dado no deserto! Assim como nós somos! Assim como eu sou!
 
Temos o grave defeito de nos acharmos sempre com razão. Digo isso por mim. Ás vezes diante dos outros, queremos nos mostrar sempre os donos da verdade. Somos sempre vítimas e jamais culpados! Porém diante do Rei das Nações, não podemos usar máscaras. Ele nos vê por dentro! E isso dá uma vergonha, né? Tenho me sentido envergonhada diante do meu Senhor. Ele me vê sem maquiagem, assim como eu sou!! Não dá pra se esconder!! Mesmo que as minhas vergonhas apareçam como aconteceu com Adão e Eva no Édem, eu não preciso me entristecer!! Ele corrige aquele a quem Ele ama!! Se Ele me ama, então Ele me corrige e eu sempre estarei pronta a aceitar a Sua correção!! Aleluia!
 
Precisamos morrer para nós mesmos. Precisamos reconhecer nossos pecados e limitações, pois a recompensa Ele dará (Dt 28) Ele sempre cuida de nós e precisamos é reconhecer isso. Que deixemos a ingratidão de lado! Que paremos de correr atrás decoisas e que possamos contemplar a mão do Senhor a cada dia ao nosso lado. Que possamos nos esvaziar de nós mesmos e entender que na verdade Ele é tudo que nós precisamos e nada mais! E por mais dura que sejam as suas palavras para conosco, por mais difícil que seja a prova ou repreensão que Ele nos faça passar, não vos entristeçais. Sabe por que? Porque a alegria do Senhor é a vossa força!!
 
Deus te abençoe,

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lição da águia!!



1 - A águia é bonita, atrativa, perspicaz. Mas não é simplesmente pela sua beleza natural. É porque ela tem a capacidade de se auto-avaliar e se reciclar constantemente. Chega um certo tempo de sua vida em que as penas da águia envelhecem e já não voam tão bem e nem são mais tão bonitas. Então ela sobe até um alto monte e arranca todas as penas velhas até que as novas nasçam novamente e ela consiga voar melhor e ficar mais bela.
LIÇÃO: Muitas vezes nós estamos cheios de "penas velhas" que precisam ser arrancadas de nossa vida para darem lugar a uma nova beleza, para melhorar nossa performance, para sermos melhores pessoas, e nem sempre temos esta capacidade de nos auto-avaliar e reconhecer aquilo que precisa ser mudado.

2 - Há uma época da vida da águia em que o seu bico apodrece, envelhece de forma que ela não consegue mais pescar bem ou emitir os mesmos sons... sabe o que ela faz? Ela vai até uma grande pedra e bate com o seu bico velho na pedra até que ele se quebre e caia e dê lugar a um bico novo.

LIÇÃO: Nossa tendência é manter o mesmo "bico velho", não queremos mudar nosso discurso, não queremos evoluir nossas idéias, mudar nossos pensamentos não queremos espelhar um novo sorriso ou emitir sons mais belos. Usamos as mesmas frases feitas, as mesmas palavras amargas, ou dizemos "nasci assim já estou muito velho para mudar" ou "eu sou assim mesmo e pronto" ... Muitas vezes estamos precisando de um bico novo! Para viver uma nova realidade de vida.

3 - A águia é uma das poucas aves, se não a única que não anda em bandos... ela voa solitária e não acompanha bandos por isto é capaz de estar sempre subindo....

LIÇÃO: Não que sejamos uma ilha no oceano, alheios e alienados do mundo das pessoas, mas às vezes precisamos ser solitários em nossos conceitos e pensamentos para não seguir apenas por seguir a multidão, o que a massa pensa. Precisamos ter identidade própria, idéias próprias para estar sempre subindo... mesmo sabendo que precisamos uns dos outros para viver.

4 - Quando uma águia sente que o vento está muito forte ela dobra os joelhos e não tenta lutar contra o vento, ela deixa o vento lhe levar com a ajuda do vento ela consegue voar melhor.

LIÇÃO: A maior demonstração de humildade de um indivíduo é quando ele se ajoelha. Às vezes é preciso ser humilde para reconhecer que precisamos "deixar o vento levar", que é mais fácil lutar a favor do que contra. Ser humilde não para concordar com tudo, mas para saber quando estamos precisando da ajuda "dos ventos", das situações. Ou apenas ter paciência de esperar passar a tempestade.

Eu pedi...



Eu pedi Força... e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria...e Deus me deu Problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade...e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.
Eu pedi Coragem... e Deus me deu Perigo para superar.
Eu pedi Amor... e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.
Eu pedi Favores... e Deus me deu Oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava

sábado, 13 de novembro de 2010

Um dia você aprende...



Minha mãe ensinou a mim, e aos meus irmãos, desde cedo, que só existem duas maneiras de se aprender: escutando os mais velhos ou “dando com a cabeça na parede”.
E ela tinha razão. Quantas e quantas vezes erramos enquanto crescemos. Durante nossa infância os pais falam: “isto está certo” ou “não faça isto porque é errado”. Ao chegar à adolescência, tornamo-nos “rebeldes sem causa”, filhos de pais “caretas” e estabelecemos nossos valores e princípios junto com a “galera”.

Nossa infância e nossa adolescência representam a “idade do erro”, aquela fase da vida onde errar é preciso para que, ao nos tornarmos adultos, estes mesmos erros não sejam novamente cometidos. A curiosidade, o gosto pelo desconhecido, a aventura por coisas novas tornam-se, nesta fase da vida, um manancial de escolhas erradas que, ao mesmo tempo, representam uma fonte inesgotável de aprendizado.
E isto está errado?
Não, claro que não. Quando Deus criou os animais, dotou-os de instintos que lhe garantiriam sua sobrevivência. Mas ao homem foi-lhe dado algo mais que instintos: a capacidade de pensar, aprender e fazer escolhas. Certas ou erradas, nossas escolhas sempre nos ensinam algo, inclusive a errar.
Errar é fundamental para se adquirir “experiência de vida!!”
Deixe-me contar-lhes um pequeno conto:
Em plena selva africana, um feiticeiro conduz seu aprendiz por caminhos tortuosos com o intuito de ensinar-lhe sobre os erros da vida.
Embora mais velho, caminhava com agilidade, enquanto o aprendiz escorregava e caía a todo instante. A cada tombo, blasfemava, xingava, cuspia no chão, amaldiçoava o solo ...
Depois de uma longa caminhada, e muitos tombos e xingamentos, chegam a seu destino onde, após um último tombo, o aprendiz reclama:
- Você não me ensinou nada.
- Ensinei, sim. Mas parece que você não aprendeu nada. Estou tentando lhe ensinar como lidar com os erros da vida.
- E como lidar com eles?
- Da mesma forma que você deveria lidar com seus tombos. Em vez de ficar blasfemando, amaldiçoando e xingando o lugar onde caiu, deveria procurar a causa dos seus tombos.
Ao nos fixarmos apenas no erro, perdemos uma oportunidade precisa de crescer e aprender, pois não paramos para avaliar os porquês, as causas, dos nossos erros. Infelizmente não temos o hábito de despender esforços para entendê-los e utiliza-los como uma ferramenta de aprendizado constante.
E aí atrasamos um pouco mais nosso conhecimento. O erro pode ser motivo de atraso de nossas vidas e fazer com que nossa “experiência de vida” fique estagnada e adormecida. Há quem afirma que experiência é o nome que podemos dar aos nossos erros.
Muitas vezes o erro (ou seria o resultado de uma escolha?) pode nos levar ao fundo do poço. Ficamos frustrados por aquilo que não deu certo, pelo objetivo não alcançado. E é isto que ficará na nossa memória, ma maioria dos casos.
Ruim? Não! Aí está o momento propício para um exame de consciência dos porquês deste resultado negativo e para procurar novos caminhos que nos levem a novas soluções.
Em casos extremos, o erro pode nos levar à depressão e ao desespero. Momento para se aprender algo mais: muitas vezes precisamos chegar ao fundo do abismo para iniciar o caminho de volta.
Com o passar dos anos, o ser humano pode não perceber o quanto ele segue aprendendo com seus erros passados. Mas, sem parar para uma reflexão mais profunda, ele poderá não ter respostas para perguntas simples, tais como: “consigo aceitar meus erros passados” ou “posso superar o remorso por ter errado?”
Mesmo assim, vivemos cometendo erros. “Errar é humano”, diz o ditado. Erramos nas escolhas de nossa vida pessoal e de nossa vida profissional. Erramos ao escolher um (a) namorado (a), uma atividade, um time para torcer... e por aí vai. Não esqueçamos que nosso viver é feito pelas nossas próprias escolhas. O que significa que somos responsáveis diretos pelos nossos erros.
Quem mandou não escolher direito?
Quem mandou não pensar um pouco mais antes de dizer “sim” ou “não”?
Quem mandou ter uma reação por impulso quando, naquele momento, a prudência seria a melhor escolha?

Para evitar erros (ou minimizá-los)
Devemos lembrar que:
- se errar é humano, aprender com os erros é mais humano ainda;
- não existem erros, existem resultados;
- o erro é uma oportunidade de recomeçar de maneira mais inteligente;
- o erro nada tem de estranho; ele é o primeiro estágio de todo o conhecimento; e,
- repetir erros passados embotam o surgir do novo.
A lista abaixo poderia ser bem maior mas acredito que as sugestões descritas poderão não evitar, mas diminuir as probabilidades de se errar:
- conscientize-se que você não é o dono da verdade. Você não é um sabe-tudo, aquele que tem sempre razão e que dá a última palavra. Sócrates, o filósofo, afirmava: “Quanto mais eu sei, mais eu sei que nada sei”;
- não trate os outros com indiferença. Cada pessoa é um ser humano único, com todos os seus defeitos e com todas as suas virtudes. Não erre ao discriminar uns e não discriminar outros;
- saiba o que você quer. Lute por isso. Aprenda a ter visão, identificar oportunidades, ter planejamento e disciplina. Certamente você errará menos;
- ponha amor e paixão naquilo que você faz. Isto mantém sua auto-estima em alta, seu aprendizado constante e a chama sempre acesa de procurar fazer sempre o melhor;
- não bloqueie suas idéias por mais estapafúrdias que sejam. Thomas A. Edson, Alexander Graham Bell e Albert Einstein foram, inicialmente, vistos como malucos. Vejam no que deu;
- nunca se esqueça que uma moeda tem dois lados. Procure ver sempre estes “dois lados”. Não seja teimoso e tacanho querendo impor apenas a sua vontade ou a sua maneira de ver as coisas. Tenha certeza que sempre existirá um “outro lado”, representado por outras alternativas, novos caminhos, novas oportunidades e novas soluções;
- aprenda a se comunicar. Comunicação efetiva é troca de idéias e envolve não só o falar, mas também ouvir. Ao falar, use uma linguagem que os outros entendam e repita sua idéia tantas vezes quanto se fizerem necessárias para que não fiquem dúvidas. Mas também aprenda a ouvir o que o outro tem a dizer, sem interrompê-lo. Tire suas dúvidas. Sem clareza na comunicação os erros serão passíveis de ocorrer;
- afaste-se das fofocas, boatos, mal-entendidos e coisas do tipo. Não esqueça de que “quem conta um conto, aumenta um ponto”. Não dê ouvidos a comentários maledicentes. Ao invés disso fixe-se nos resultados do trabalho, seu e dos outros;
- procure não se limitar a apenas seguir ordens. Isto revela imaturidade, fuga de suas responsabilidades, baixa auto-imagem e ausência de criatividade. Assertividade é bom, portanto, saiba usá-la;
- aceite a necessidade de correr riscos e de não ter razão.

Os quatro Hs
Isto se aplica quando você errou. Procure aplicar estes quatro Hs para que os erros não mais voltem a ocorrer:
- Honestidade: saber que errou e procurar suas causas;
- Humildade: reconhecer sua responsabilidade e não ficar procurando culpados ou outras causas;
- Habilidade: para aprender a lição, ter disposição para corrigir o erro, buscar novas soluções e identificar o que poder ser feito para sua não ocorrência; e,
- Humor: aprenda a rir do seu próprio erro. Isto lhe ajuda a não chegar ao fundo do abismo.
O ideal é tirarmos lições quando cometemos erros e aprender com isto. Devemos impor a nós mesmos o desafio de superar e eliminar de nossas vidas os erros velhos. Por outro lado, devemos saudar os erros novos porque serão fonte de um novo e constante aprendizado e aprimoramento.
Convido-os a fazer uma reflexão com estas três frases:
“Permitam-me o direito de errar. Ainda tenho muito a aprender”. (Marcial A. Salaverry)
“O único erro de verdade é aquele com o qual não aprendemos nada”. (John Powell)
“O único homem que não erra é aquele que nunca fez nada”. (Franklin Roosevelt).

E nunca esqueça: errar é humano. Aprender com o erro é sabedoria.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

“Você age ou reage?”



Vamos usar uma historinha, cujo título é “Você age ou você reage ?”

Você estava indo com seu amigo a um jornaleiro. Imagine este possível diálogo e situação, imaginários,
travado entre vocês.

Você chega ao jornaleiro e diz:
- “Bom dia ! O Sr. poderia ver o meu jornal.”

O jornaleiro, taciturno, passa-lhe o jornal, recebe o dinheiro e lhe repassa o troco. Não responde ao seu cumprimento e não lhe sorri, ao contrário de você que está com um sorriso escancarado, estampado em sua face.

O seu amigo, na medida em que vocês se afastaram da banca, diz:
- “Sujeitinho mal humorado, hein !???”
- “Ele é sempre assim !!!” - você responde.
- “Mas então por que você continua cumprimentando-o ?” – pergunta seu amigo.

Você, então, responde:
- “O mau humor é dele ! Eu desejo, todo o dia, do fundo do meu coração que ele tenha um bom dia !”

Note que no intervalo de tempo entre a demonstração do mau humor do jornaleiro e a sua reação, o momento mais importante da sua vida, o momento presente, você decide se vai reclamar da vida, falar que os outros são assim mesmo, que esse mundo é isso ou aquilo. Mas nesse mesmo intervalo, o momento mais importante da sua vida, você vê o jornaleiro como seu cliente, você deseja realmente um “BOM DIA !” a ele, com exclamação e tudo, e também pode decidir que continua mantendo o sorriso, o entusiasmo, porque você acredita nos seus valores, você age segundo aquilo que você acredita, você é determinado naquilo que se propõe a fazer.

Neste caso você enxerga, diariamente, como cliente duas pessoas: o jornaleiro desejando-lhe um bom dia, todos os dias, independentemente dele ser ou estar isso ou aquilo, e você, agindo de acordo com seus valores, agindo de forma pró-ativa frente à vida, ou a alternativa que o próprio nome dessa historinha diz:
“Você age ou reage ?”

Somos senhores de nossas ações ou somos marionetes nas mãos das pessoas que nos cercam ?
E cada um de nós, agimos ou reagimos frente a vida ? Colocamos cada pessoa à nossa frente como cliente e agimos com esse enfoque ou damos a desculpa que essa pessoa está com problemas e mudamos de atitude?
Para colocar o outro como cliente, eu preciso estar decidido – resolvido? – a me colocar como primeiro cliente, e respeitar o que sou, meus princípios e valores, pois neles baseio minhas ações.
Sem dúvida antecede isso a escolha dos valores e princípios, e enquanto eles não existem fica extremamente difícil basear a vida em algo inexistente! Só com isso resolvido é que se chega à ação de ver o próximo como cliente!

Só respeito o próximo – o meu cliente – em cada hora da verdade que o dia a dia me propicia, quando eu me respeito!
Só me respeitando primeiro é que respeito ao próximo. Essa resposta, neste contexto, foi demorada e um pouco difícil sua elaboração também para mim. Humildemente, apreendi mais esta.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parando pra pensar...


Qual é o momento mais importante da sua vida ?
     
Esta primeira pergunta é, com certeza, a que menos suscita dúvidas. Mas eu sempre dou alguns segundos antes de respondê-la.

Podemos até tentar fazer um exercício:
Apresento a vocês três bananas: uma podre, outra verde e outra madura. O que representariam essas três bananas ?

Tente pensar nisso, antes de prosseguir a leitura. Espere e pense durante pelo menos um minuto.

Bem, a primeira banana, podre, representa que seu tempo já se foi, ela poderia ser útil se aproveitada algum tempo atrás, hoje já não tem mais serventia.

A banana verde ainda não serve, temos que aguardar o seu tempo para poder saboreá-la.

Já a banana madura está pronta e, descascando-a, reparto-a com você e saboreamos essa doce banana.

Com isto quisemos dizer que o momento mais importante da sua vida é aquele que está maduro, no sentido figurado, aquele que pode ser aproveitado já, nem passou, nem ainda virá: o tempo maduro, o agora, o momento presente!

O presente é uma folha bem fina que separa uma quantidade conhecida de folhas do passado das folhas esperadas do futuro, na qual, cada um de nós, escreve o que somos.

Cabe aqui ainda uma citação de Aristóteles:

"Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito."

Realmente nós só podemos ser o que quer que queremos no presente, no presente é que escrevemos aquilo que somos.

Já o passado é somente recordação daquilo que já se foi, somos saudosistas; esquecemos de nossa vida que está acontecendo no aqui e agora, com os olhos voltados para trás, olhando as bananas podres !

Já a pessoa, que tem seus olhos voltados somente para o futuro, vive procurando algo irreal, algo que não existe ainda, é uma pessoa ansiosa, esquece do seu dia a dia na busca, com os binóculos da sua ansiedade, da realidade inexistente, tentando ver hoje bananas maduras onde somente há bananas verdes.

No presente, e somente nele, é que podemos apagar possíveis manchas do passado, podemos construir, tijolo a tijolo, o futuro. Só no presente, através das nossas ações, podemos escrever o que somos. E somos o que repetidamente fazemos. É essa a imagem que passamos: somos o que fazemos em cada momento presente.

Portanto, o momento mais importante de nossas vidas é o momento presente! Cada momento presente, cada um deles na seqüência que ajudamos a construir.
     
2.     Quem é a pessoa mais importante da sua vida ?
     
As respostas mais comuns à essa pergunta, quando a apresento às pessoas, são: eu, meu filho, meu marido, etc. e tal. Todas essas respostas estão parcialmente certas. Mas esta resposta é a que suscita a maior controvérsia.

'Um mestre estava ouvindo seu discípulo falar que não conseguia entender determinado assunto.

Em resposta ao não entendimento o mestre pediu um chá e solicitou a seu discípulo que o servisse. Este o serviu, mas quando quis entregar a xícara ao mestre, este pediu que enchesse mais a xícara. O discípulo encheu até a borda, mas não foi suficiente, o mestre solicitou que ele continuasse enchendo. O discípulo quis argumentar mas o mestre pediu para que ele continuasse, e o chá foi descendo para o pires, e deste para o chão. E o mestre continuou pedindo para que ele tentasse encher mais a xícara.

O ensinamento é que para uma xícara receber mais conteúdo é necessário que ela não esteja cheia. Caso esteja cheia, é necessário antes esvaziá-la o suficiente para um novo conteúdo."

Friedrich Nietzche disse, em outras palavras, o mesmo:

“O homem não tem ouvidos para aquilo que a experiência não lhe deu acesso.”

Portanto faça uma viagem introspectiva e verifique se sua xícara está cheia para apreender este conteúdo.

A resposta proposta a essa pergunta é: a pessoa mais importante da sua vida é quem está a sua frente!

E quem está na minha frente é meu marido ou esposa, meu filho, meu chefe, o cobrador do ônibus, a caixa do supermercado, nós próprios quando estamos sozinhos.

Frente a esta resposta as pessoas argumentam: mas eu já estou farto de fazer isto e aquilo para minha mulher, marido ou filho; já não agüento mais fazer e não ser correspondida, “e o outro ?”, mas meu chefe só me pede as coisas e nunca me reconhece, etc., etc., etc. ...

Realmente isto parece ser cansativo e realmente o é, e pior, oprime as pessoas no seu dia a dia.

E a nossa proposta está longe de buscar a opressão, muito pelo contrário, como já dissemos, estamos nos propondo a entregar "As Regras da Felicidade".

Vamos então tentar esvaziar um pouco a xícara.

Dentre as várias interpretações que podemos dar à palavra liberdade está a de sermos senhores de nossas ações. Nós fazemos aquilo que queremos e nos responsabilizamos por aquilo que fazemos.

Mas se colocamos nossas ações na dependência do que outras pessoas fazem, pensam ou dizem, seremos meros marionetes enredados nas ações, pensamentos ou dizeres dos outros. Estaremos colocando nossas vidas, o que fazemos, o que pensamos e o que falamos na dependência dos outros - nossos filhos, maridos, esposas, chefes, colegas de trabalho, etc. - fazem, pensam ou dizem. Não somos nós, somos o que eles querem ou provocam.

Há uma frase de um guru meu, Stephen Covey, que diz:

"Entre o estímulo e a resposta há um espaço de tempo. Nesse espaço de tempo reside a liberdade de escolher a nossa resposta. Nessas escolhas residem o nosso crescimento e a nossa felicidade."

Com isto estou querendo dizer que no intervalo de tempo entre os estímulos que o ambiente em que nós estamos imersos e as respostas que damos a cada um desses estímulos, neste curto intervalo de tempo estamos decidindo se seremos felizes ou infelizes, se crescemos ou não, se somos livres ou marionetes, se reagimos ou se somos pró-ativos.
      3.     O que você deve fazer com a pessoa mais importante da sua vida no momento mais importante da sua vida ?
     
A resposta proposta a esta questão é simples e direta:

Torná-la feliz!

Imagine que os egoístas que só enxergam a si próprios, querem tudo só para si, tornam a vida das pessoas que o cercam um inferno e, consequentemente, a sua também. Esse é que eu chamo de “o egoísta burro”!

Mas pode haver um tipo de “egoísmo” inteligente: aquele que leva felicidade a si e ao próximo, cria uma espiral positiva ao seu redor, e o clima em que vive é agradável.

Imagine – um sonho imaginário – no qual todas as pessoas ao redor do mundo estejam praticando isso. Como seria esse mundo? Você gostaria de viver num mundo desses?

Neste momento da exposição a maioria dos rostos das pessoas apresentam sorrisos, uns mais expressivos, outros tênues, algumas pessoas travam!

Este é o momento para a quarta e última pergunta.
     
4.     Quem começa esta mudança ?
     
A reposta que mais apresentada pelos participantes é “nós”!

Eu, particularmente, acredito que falamos nós, para não assumirmos novamente a responsabilidade, queremos que primeiro o outro mude, para ai então, e somente após a mudança do outro, eu mudar !

Mas não há como escapar, a resposta é que EU, e somente EU, posso começar esta mudança.

A espera de que o outro mude primeiro coloca nas mãos dele, o outro, a minha liberdade, demonstra a minha esperança passiva.

Finalizando, gostaria de chamar a atenção mais uma vez ao caráter dinâmico destas Regras Da Felicidade, ela é conquistada em cada momento presente, em cada “hora da verdade”, em cada contato que temos com um semelhante, mesmo que esse semelhante sejamos nós, frente ao espelho, quando estamos conosco.

O verso simples, singelo e profundo.

"Caminante, no hay camino. Se hace el camino al andar"

Do poeta espanhol, Antonio Nobrega, tão bem expressa essa característica de alcançar, perseguir continuamente a liberdade, a felicidade.

E só pode ser assim, sem caminhos pré-definidos, simples, atuando, a cada momento, sobre a vida que se nos apresenta e que, com nossas atitudes e comportamentos, construímos.

Boa caminhada, para todos nós, nesta nossa vida única e naquilo que cada um de nós fazemos com ela !

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um novo caminho...



Quantas e quantas vezes ao longo da vida não nos pegamos pensando: "como seria bom mudar de bairro, de cidade, de trabalho".

Sonhar, imaginar outras formas de viver nos impulsiona a seguir em frente, a não desistir, e acima de tudo nos conforta. Mas é justamente o conforto que nos prende, poucos de nós se atira em aventuras desconhecidas procurando o novo, e aí vamos no acomodando, no trabalho que não nos realiza, na casa que já não atende mais nossas necessidades, nos relacionamentos que nos angustiam...

Mas algumas vezes a vida se encarrega de nos catapultar rumo ao desconhecido e aí quando menos se espera estamos lá explorando novos caminhos, caminhos que às vezes sequer imaginávamos.

Costumo dizer que a gente faz um plano e Deus faz outro, mas ele na sua infinita sabedoria sabe o que nos espera ao longo do caminho.

Só tenho que agradecer os planos de Deus em minha vida, toda graça e glória que estou recebendo!!

Um novo caminho eu vou seguir!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A mudança faz parte da vida.



Após alguns meses, a poeira interna baixando de todos os sofrimentos, vejo com mais clareza tudo ao meu redor.

Após o vendaval, onde a realidade se mostra felina, um arranhão que arde sem dar prazer, me coloco de pé diante da vida.

Do passado, recolho tudo o que me veio como aprendizado. Pessoas e amores. Lágrimas e sorrisos. Só ficaram os momentos.

Momentos de tédio, de alegria, de solidão, de frenesi por raiva ou por paixão. Decepções repetitivas, como o tic tac de um relógio. Mágoas como um tapa na cara, que assusta, que ultraja, que envergonha.

De tudo, algo de bom ficou. Confessando o amor, a desilusão, a confusão, o erro, a alegria... O se perder a si e ao outro.

Saudades.

Olho para o presente e nele estão todas as possibilidades, como um baralho posto, as cartas distribuídas no princípio do jogo. Apostamos a Vida ou a Morte do ser, dos sonhos, dos sentimentos, da esperança, de si mesmo.

Ainda existe uma neblina tênue quando olho para a frente e de forma infantil, tento descobrir o que está por vir.

Não sei. Você não sabe.

E tudo isso pode doer, pesar, matar, reviver... Depende da intensidade e da forma como se vive.

Afinal, "a mudança faz parte da vida."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Palavras...



Palavras podem significar tanto ou nada.
Palavras podem estar cheias de sentimentos puros e verdadeiros assim como podem ser vazias e ruins.

O ser humano, por norma, fala muito e, por vezes, nada diz.

É possível falar durante horas e haver apenas meros segundos de magia nas palavras por nós ditas.

Em certas alturas, o melhor a fazer é calar para que nos façamos entender melhor.

Nem sempre as palavras são necessárias para que nos possamos exprimir e ser deveras compreendidos.

Um gesto ou um olhar significam muito mais do que um punhado de palavras impulsivas ou de caso pensado.

Por vezes, o melhor a fazer é silenciar.

Silenciar para não magoar.
Silenciar para não ofender.
Silenciar para não esperançar.
Silenciar para não amar.
Silenciar para não odiar.
Silenciar para não chorar.
Silenciar para não arrepender.
Silenciar para não (ou menos) sofrer.

O silêncio vale muito. Um gesto vale mais ainda.

Nada nos custa pensar duas vezes antes de falar. Seja isso para impressionar, magoar, adorar ou até mesmo refilar.

Pensar, falar, gesticular, silenciar...

Cada um escolhe a forma de expressão que achar mais adequado.

Mas convenhamos que, por vezes, silenciar pode ser o melhor controlo de danos que pode haver.

Para quem entender o que quero dizer, pensem lá e vejam se tenho ou não razão.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Preconceito!"



"Quanto mais forte for o preconceito em você, maior a sua dificuldade em aceitar as próprias falhas"

"Por sermos incapazes de suportar as nossas falhas, precisamos desesperadamente acreditar que elas estão fora de nós. Ah, que conforto... assim projetamos nos outros o que tanto nos angustia. Como se disséssemos: “EU” não tenho defeitos... O “MUNDO” é que é cheio de pessoas erradas!"    

Preconceitos... Todos sabemos, ao menos racionalmente, que atitudes preconceituosas fazem mal. Não só à vítima do preconceito, mas também à sociedade como um todo e a nós mesmos. Ainda assim, ainda nos dias de hoje, como andam “vivas” tais atitudes. Mais camufladas, mais escondidas (afinal não é considerado “bacana” ser preconceituoso), no entanto ainda tão vivas.

Mesmo as pessoas que se consideram não preconceituosas, se fizerem uma busca cuidadosa em seu íntimo, encontrarão sinais de que, em algum nível, como em todos os outros, se esconde dentro delas essa raiz, mesmo que não seja percebida do lado de fora da terra .

Como ainda julgamos e atacamos tudo o que consideramos errado... mas eu sei que você já sabe de tudo isso!

Por que nos incomodamos tanto?

Minha intenção é pensar nas raízes de nossas atitudes preconceituosas. Minha intenção é, por alguns instantes, ser capaz de desviar o foco que direcionamos ao mundo, voltando-o para nós mesmos.

Em primeiro lugar precisamos compreender um pouco mais a força da nossa separatividade. Ainda não percebemos, grupalmente, que somos como as células de um corpo humano, todas igualmente necessárias para que exista saúde e um bom funcionamento desse organismo. Será o pulmão superior ao fígado? Será a perna superior à mão?

Já sei! Faça um exercício comigo... Imagine que os tempos atuais, com suas atitudes preconceituosas, possam ser representados em seu corpo. Como seria um corpo preconceituoso?

Provavelmente a sua mão estaria derrubando óleo quente sobre o seu pé, justificando isso ao dizer que afinal o pé é “sujo“, “inferior”, fica em contato com o chão e às vezes não cheira lá muito bem. O seu coração deixaria de bombear sangue ao seu fígado pois diria que o fígado tem uma forma estranha, não é nobre, não sendo merecedor de receber esse rico alimento bombeado pelo “superior” centro cardíaco. O seu cérebro, por sua vez, estaria elaborando um plano para desarticular o seu coração, considerado emocional demais para ter tanto poder.

Você terminaria com o pé queimado, o fígado comprometido e sem coração.

Isso faz sentido?

E se não faz, eu me pergunto novamente, por que ainda não paramos de recriar isso?

Porque estamos absolutamente cegos a nosso próprio respeito.

Não importa quais sejam as nossas fraquezas ou deficiências, somos únicos, maravilhosos e absolutamente necessários ao todo sendo exatamente como somos. Ah... Se pudéssemos aceitar os nossos defeitos... Mas ainda não podemos. E quanto mais rejeitamos em nós as partes que consideramos feias ou inadequadas, quanto mais nos julgamos, mais fazemos isso com os outros também.

Por sermos incapazes de suportar as nossas falhas, precisamos desesperadamente acreditar que elas estão fora de nós.

Ah, que conforto... assim projetamos nos outros o que tanto nos angustia. Como se disséssemos: “EU” não tenho defeitos... O “MUNDO” é que é cheio de pessoas erradas! Então escolhemos pessoas a quem acusar...

Tudo isso para nos proteger da dor de perceber que a imperfeição está em cada um de nós.

Nós ainda não somos capazes de abraçar a inteireza de nosso ser. Ainda nos separamos de partes de nós. Ainda queremos nos dividir pela metade. Uma metade é desejada. A outra é abominada. A metade desejada é linda, generosa, inteligente, perfeita, tem cabelos lisos e dentes brilhantes. A outra metade é tão feia que não a suportamos e, sem pudor, tentamos jogá-la fora. A amassamos bem, como se não nos pertencesse e a jogamos sobre as pessoas a quem destinamos nossas atitudes preconceituosas. E passamos a abominar as pessoas.

Quanto mais forte for o preconceito em você, maior a sua dificuldade em aceitar as próprias falhas.

A intensidade com a qual você se sente incomodado pelo outro revela o quanto você ainda se incomoda com você mesmo.

Preconceito é desamor. Não falo só da óbvia falta de amor pelo outro, mas principalmente da falta de amor por nós mesmos. Se você se amasse de verdade, ninguém no mundo iria incomodá-lo, acredite.

Eu sou imperfeita.Você também. Somos todos. Aceite isso.